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Casar bem, separar também. Os filhos agradecem!

Quando duas pessoas decidem ficar juntas,  ter uma união estável, independente do tipo de contrato que  adotam, nem sempre pensam ou planejam uma separação. Claro, se há a decisão de ficarem juntas, seria um paradoxo pensar o contrário não é mesmo? Entretanto, por mais que se tenha planejado uma vida em comum, nem sempre as coisas saem de acordo com o que se espera. Muitas vezes, o casal chega a conclusão que a convivência não é mais tolerável e opta pela separação.  Até aí, tudo bem, pois, infelizmente isso pode acontecer. A grande questão a se levantar é “como colocar em prática uma separação quando se tem filhos?”. Será que a conhecida frase: “filho de pais separados tem problemas”, necessariamente é fato? Claro que uma separação numa família com filhos será muito mais difícil e afetará diretamente a todos e não apenas ao casal. Mas, por que não encará-la como uma situação da vida? Tantas outras situações dramáticas podem ocorrer na vida de qualquer pessoa, a morte de um avô, por exemplo, a doença de um irmão, um acidente, enfim, várias situações poderão marcar a todos por conta da forte emoção provocada. Mas, e aí?  Estará nosso filho fadado a “ter problemas” porque passou por um grande sofrimento? Eu diria que necessariamente não.

O sofrimento faz parte do desenvolvimento do ser humano. Nenhuma pessoa estruturará sua personalidade de forma saudável sem passar por situações de frustração, medo, ansiedade, angústia ou dor. Contudo, a forma como cada um ficará após passar por estas experiências dependerá de como foram administradas. Importará aqui, e muito, o durante e o depois de cada uma delas. No caso dos filhos, pequenos ou adolescentes, ficar bem após a separação dos pais, dependerá de como a família o amparou e orientou a respeito. Que suporte lhe foi dado.  Que papel ele teve neste episódio. Suas emoções foram respeitadas?  Ele teve tempo e condição para elaborar seus sentimentos?  Ficou claro que o amor do pai ou da mãe por ele não será abalado, não sofrerá qualquer dano, muito pelo contrário? O que ocorre em alguns casos, ou talvez em muitos, é que o casal não consegue apoiar outra pessoa, neste caso, o filho, em detrimento ao seu próprio sofrimento. A sua dor é tão grande que mesmo sendo adulto e supostamente com condições de elaborar uma situação difícil, no caso de uma separação nem todos conseguem. Muitos deixam a emoção ultrapassar o bom senso. Brigam na frente do filho, acusam um ao outro pelo insucesso no casamento, dizem em alto e bom som para quem quiser ouvir, detalhes de anos de uma vida a dois, comprometendo assim a imagem do outro, adentram a escola do filho em horários não habituais expondo-o a situações constrangedoras. Proíbem um ao outro de ver o próprio filho ou vê-lo apenas em determinados momentos, com hora certa para devolvê-lo, como se fosse uma mercadoria. Isso ocorre com muita freqüência nos dias de hoje.  Mas, tudo isso pode ser diferente? É possível pai e mãe administrarem bem uma separação? É claro que sim. Não é fácil, mas é possível.

Para começar, os dois têm que estar muito seguros da decisão. Quando isso não acontece, ou seja, apenas um dos cônjuges acredita realmente que a separação é a melhor saída, o ideal é esgotarem, por meio do diálogo, todas as possibilidades até que ambos estejam convencidos de que  esta é a melhor alternativa. Assim, juntos, terão mais clareza e segurança ao transmití-la ao filho. A partir daí, duas atitudes básicas deverão conduzir o posicionamento dos pais e serem mantidas durante todo o processo para que a separação se consolide e passe a fazer parte da rotina de todos da maneira mais natural possível.

A primeira, que considero a mais importante é jamais, sob hipótese alguma, um desabonar o outro. Quando se enfrenta uma separação, não existe aquele que está certo ou aquele que está errado. O que existe são pessoas que não conseguem ou não querem mais conviver e decidem se separar. Simples assim. Seja qual for a causa – se houve traição ou o amor acabou,  enfim, para os filhos, isso não deve ser priorizado pois, a mãe não deixará de ser mãe porque teve um outro relacionamento, ou,  o pai não deixará de ser pai porque o amor pela sua companheira já não é o mesmo, por exemplo. Os pais têm de deixar claro que o que vai acontecer é a separação do casal, a mudança de situação social das duas pessoas envolvidas, nada mais. Com esta posição, os pais conseguirão transmitir ao filho uma mensagem crucial para o efetivo sucesso de todo esse processo. Mostrarão a ele que pai e mãe poderão deixar de ser marido e mulher, mas jamais deixarão de ser pai e mãe. Que o amor que os move em direção ao filho é incondicional, isto é,  não está atrelado a nenhuma condição para existir. Ele simplesmente existe, morando na mesma casa ou não, estando juntos todos os dias ou não.

A segunda atitude e não menos importante, é jamais faltar com a verdade. O filho não precisará saber dos detalhes que culminaram na separação se assim os pais quiserem, pois um casal tem intimidades que necessariamente os demais não precisam tomar conhecimento, no entanto, tudo que for dito  deve ter como premissa o compromisso com a verdade. Só assim, o filho, independente da idade que tenha, terá segurança e tranqüilidade para enfrentar a mudança que inevitavelmente a separação dos pais lhe causará.

23 respostas em “Casar bem, separar também. Os filhos agradecem!”

Gostei de seu texto, ele esclarece que antes de tudo as pessoas envolvidas fazem parte de uma mesma família, e que tem o dever de se tratar com respeito. O recado foi dado, agora esperamos que cada vez mais os pais pensem nos filhos e não apenas em si mesmos….
Parabéns!

ADOREI O SEU PONTO DE VISTA.
MAIS EU QUERIA COMO DEVO AGIR,DIANTE DA MINHA SEPARAÇÃO,SENDO QUE MORO COM OUTRO RAPAZ HA 13 ANOS ,E JÁ ESTÁ NUM PONTO QUE NÃO ESTA SENDO POPAVÉL,VIVER JUNTOS.UMA ORIENTAÇÃO COMO DEVO PROCEDER NA CONVERSA COM NOSSO FILHO.
ESTOU ME SENTINDO MEIO PERDIDO,COMO DEVO CHEGAR E FALAR COM ELE .
DO RESTANTE MUITO OBRIGADO PELA MENSAGEM.

Olá Milton! Obrigada pela sua participação nesse blog. Gostaria de saber a idade do filho de vocês para poder ser mais específica na orientação. Em termos gerais, independente da idade, seja criança ou adolescente, o que considero como base é explicar a situação pelo viés da sinceridade. Como afirmo no texto “Casar bem separar também”, ao se unir a uma outra pessoa, ninguém o faz pensando ou programando a separação, entretanto, isso pode vir a acontecer. É importante que você e seu companheiro esgotem as possibilidades antes de tomar a decisão da separação. Feito isso, se a separação acontecer de fato, você terá muito mais condição de argumento ao se posicionar diante do seu filho, pois, você saberá que pensou em tudo, buscou alternativas, ponderou sobre as possibilidades. Uma separação não necessariamente precisa ser um rompimento definitivo. Ela pode ser encarada como uma nova fase na vida das pessoas envolvidas e todos podem sim, superá-la.

Cássia Wicthoff

Boa tarde meu nome é Kennedy e minha companheira não confiar mais em mim e quer se separa . temos uma linha de 1ano e 3 messes e acredite não quer fosse assim. Mais o que devo fazer. Me ajudá

Gostei muito mas eu nao sei mais o que fazer meu pai sempre acha que ta certo minha mae so sabe reclamar a única solução que eu e meu irmao temos e fazer eles se separarem nos nao aguentamos mais nossos pais brigarem tanto eu quero sabeber como faço para eles se separarem o mais breve o possivel

Olá Alessandra! Obrigada pela sua participação nesse blog. Gostaria muito de saber a sua idade e a do seu irmão para poder ser mais objetiva na orientação. Mas, com o que você já me informou, posso dizer que entendo que a decisão de separar ou não deve ser do casal. Os filhos podem opinar, mas a decisão final compete aos pais. Entretanto, percebo que até o momento em que você me escreveu, seus pais não buscaram nenhuma alternativa para o conflito e você e seu irmão não estão nada bem com as discussões. Sugiro então que, num momento de tranquilidade, ou seja, quando o casal não estiver brigando, vocês possam chamá-los para uma conversa muito franca. Nessa hora, o ideal é não acusar ninguém, não culpar o pai ou a mãe por isso ou por aquilo, mas, simplesmente falar do que VOCÊS estão sentindo. Explique que vocês são filhos e estão vendo diariamente o sofrimento dos dois e, consequentemente estão sofrendo também. Usem mensagens na primeira pessoa: “EU me sinto triste quando vocês brigam” “EU estou preocupada com esta situação”, NÓS queremos ajudar mas, não sabemos como”, “Vamos conversar sobre isso?”. Dessa maneira você estará abrindo a possibilidade do diálogo entre vocês, que é fundamental numa situação como esta. Assim, se espera que todos consigam ver algo além da hostilidade e do sofrimento e consigam perceber que há ali uma família que pode e deve ter a chance de rever seus pontos de vista e atitudes para poder melhorar. Entenda que numa separação, marido se separa da esposa, mas o pai e a mãe não se separam dos filhos. Não se esqueça disso. Um grande abraço a você. Espero ter colaborado.
Cássia Wicthoff

Fui casada 7 anos e chegamos a conclusão que devíamos nos separar… Acabou o amor e a convivência ficou ruim! Nosso filho te 5 anos e parece estar entendendo… Minha família quer q o pai só veja nos 15 dias mas, não acho necessário… Como moramos perto deixo ele ir dormir na casa do pai um dia ou outro! Estou errada!? Como devo proceder? Obrigada!

Olá,
Estou a ponto de pedir o divorcio para meu marido. Ambos somos loucos por ele. é super paizão, muito presente. Não discutimos na frente dele, mesmo em momentos de crise. Sempre tentamos passar unidade, e tranqulidade. Meu bebe fará 2 anos em março, e pergunto, quais impactos q o corte desse vinculo intenso e diário pode causar nele? Penso as vezes em ir empurrando com a barriga mais um tempo até ele crescer mais e ter alguma compreensão da questão, mas será q é a melhor alternativa?

Oi. .passo por uma situação parecida…sou casada a 4 anos e meu filho faz 1 ano mês q vem. Brigamos muito e minha sogra atrapalha muito nossa vida põe lenha na fogueira …e meu marido so ouve a mãe. ..Penso em me separar…mas penso se meu filho ficará bem…decisão difícil.

Olá,
Estou numa situação muito difícil, estou casado a 6 anos e temos uma filha de 3 anos mas desde que ela nasceu minha mulher enlouqueceu, não deixou minha família chegar perto da criança me pôs para dormir no quarto de hóspedes e ela dorme com a criança, eu só sirvo pra trabalhar e cozinhar, engraçado porque geralmente p marido trabalha, chega em casa e a mulher que ficou o dia inteiro trabalhando ainda faz comida pro marido, mas no meu caso é diferente, pago duas empregadas e ainda chego em casa vou cozinhar ver se elas estão bem e durmo no meu quarto e ainda não tenho nem direito de levar minha filha pra passear, e se eu insistir sofro ameaças do tipo eu vou matar ela… Que vai se separar de mim e eu nunca + vou ver minha filha e outros mais, quem pode me ajudar?

Meu querido, quem sou eu pra me meter na sua história…mas antes de tudo, melhore sua autoestima. A partir daí, as soluções aparecerão. Seu filho terá um péssimo referencial paterno, se conviver com vc Nessa posição na relação.

Realmente, eu concordo com o que a Cris colocou. Acho que você precisa se amar primeiramente. Peolo que você escreveu , parece que se ela te dar um tapa na cara, é arriscado de você ainda pedir desculpas. Grande abraço,

Eu me encontro numa situação muito difícil temos 3 filhos e 2 netos em casa, ela não gosta mais de mim mas não quer que eu vá embora por causa das crianças e também pela situação financeira e fica difícil pra mim que gosto dela e não aceito viver assim por muito tempo, já não sei o que fazer pois a separação é nítida. O que posso fazer para ambas as partes principalmente para as crianças .

Preciso me separar tbm… As agressões físicas do passado me atormentam… As verbais doem mais q as físicas e não cessam… Meu marido é bom pai… Mas preciso… Não sei como controlar a dor q tudo isso causa e como n machucar nossa pequena..

bom dia
preciso muito da sua ajuda,pois estou muito infeliz no meu casamento,casada a uns 6 anos tenho dois filhos um de 6 meses e outro de 2 anos e 3 meses,,eu faço faculdade ainda,e trabalho ,meu marido no momento sem emprego,porem as brigas e falta de companheirismo é muito grande,me sinto sozinha ,cansada com tanta coisa p cuidar sozinha,no caso dele a familia é é primeiro lugar(MÃE,imãos,cunhados e a filha do 1 casamento )depois eu e as crianças,além da bebida,quero muito me separar mas penso demais nas crianças,e ainda não sei onde morar,,,mas minha maior preocupação é meus filhos,se eles fiarão bem,,se conseguirei cria-los como se deve,,tenho medo que eles sofram o que faço ?nessa idade é muito traumática uma separação para as crianças?tenho 37 anos,meu marido 45,,,faço faculdade de direito estou no 5 período..

Olá… Só pra registrar a passagem e a gratidão pelo texto. Eu nunca imaginei que me separaria. Mas após quinze anos, me vejo nessa incômoda situação. Parece que sou a única no mundo a passar por isso e me sinto fracassada. Mas procuro manter meus filhos sentimentalmente estáveis. O pai deles é maravilhoso. E não é justo culpa-lo perante as crianças pelo término da relação. Espero que eu tenha sabedoria pra amenizar os males dessa mudança de vida. Mas é difícil, olha!

Bom dia Cassia gostaria de uma ajuda sua … estou em um relacionamento onde o rapaz não está conseguindo dividir entre eu e o filho…. o filho tem 4anos… ele diz que é muito apegado ao filho e está sentindo que o filho não quer ficar com ele mais nos finais de semana. Diz ele que está se afastando. E com isso ele me afasta dele… o que fazer nessa situação …
Pois eu não sei o que fazer.

Olá… Por esses dias tô passando por problemas de separação com o pai da minha filha. Ela tem 5 meses, nosso casamento ia fazer 5 anos, casei com 18 anos e ele tinha 23.
Ele envolveu nossos pais nessa história que era só nossa…
E por uma coisa boba ele decidiu ir embora de casa, fiquei na casa com a minha filha, peguei o carro e deixei a moto p ele… Só que agora ele quer me tomar o carro e eu não dou… Ele disse que ia na delegacia da parte de mim,gostaria de saber se tem a possibilidade de eu não ficar com nada, como a justiça vai agir será?

Oi. Estou casada a 1 ano e meio..temls um bebê de 6 meses.. E a convivência não ta mais suportável. Estamos decidindo nos separar. Mas a gente fica pensando o que será de nossa filha ? E também não dá pra empurrar um casamento que não dá mais certo..ele me odeia.
Préciso muito de um conselho. Fico com dó pela minha filha, isto está me segurando.

tenho uma sobrinha de 9 anos muito apegada ao pai, meu irmao…
porem ele quer se separar ja ha 6 anos e sofre muito com a esposa, não se entendem de maneira alguma…
porem, ele quer esperar a filha crescer um pouco mais para entender o porque da separação !!!

Oi adorei o texto tbm. Estou casado a 14 anos e tenho 2 filhos de 9 é outro de 1 ano e 4 meses. Ela quer separar e eu não quero. Pois eu que errei e quero mim redimir. Mas ela fala que o amor esfriou e não quer continuar. Fico preocupado com meus filhos pois sou um pai muito presente e muito família. Porém eu vacilei trocando mensagens com outra mulher pela whatsap. Mas não tive contato pessoal somente pelo App. Mas ela não acredita. Não sei mais o que fazer.

Olá! tenho 20 anos,eu e meu irmão não aguento mais meus pais juntos. eles brigam muito, meu pai não faz nada para ajudar minha mãe em casa, a maioria das contas quem paga é ela, ele não é um bom pai e já tentou agredir minha mãe na frente da família dela. Quero uma ajuda oq posso fazer??

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